Constructos identitários e territorialidade: ser ou não ser Camba no Brasil

Autores/as

  • Paulo Sérgio Delgado
  • Ruth Henrique Silva

DOI:

https://doi.org/10.18441/ibam.11.2011.42.127-144

Palabras clave:

Territorialidade, Identitário, Indígenas, Brasil, Séculos XX-XXI

Resumen

O aparecimento de reivindicações orquestradas por entidades que buscam reconhecimento de direitos diferenciados tem se tornado frequente no Brasil. Um exemplo desse tipo de demanda social pode ser visto nas ações do movimento negro pela criação e manutenção de um sistema de cotas para afrodescendentes em universidades públicas. Não obstante, este movimento não está pautado por um discurso étnico. Diferentemente dos grupos indígenas, que tem por base critérios de pertencimento étnico que indicam quem são e quem não são os membros de sua etnia, e dos chamados remanescentes de quilombo, que adotam critérios semelhantes, a maioria dos que se consideram negros, e que reivindicam o acesso às universidades por meio de cotas, o fazem sem essa ligação com uma coletividade, com critérios próprios de definição e aceitação de seus membros. No contexto brasileiro, o fato de ser afrodescendente permite ao indivíduo acionar como critério de distintividade a cor da pele, em virtude da especificidade de construção das nossas relações raciais. Isso, por sua vez, nos permite refletir sobre os atos discriminatórios, tais como os preconceitos étnicos e os raciais.

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