Imagens espaciais utópicas. Símbolos de liberdade e desterro nos povos guarani
DOI:
https://doi.org/10.18441/ind.v27i0.79-107Palavras-chave:
Historia, mitologia, estudos histórico-antropológicos, guarani, Brasil, séculos XIX-XXIResumo
Este artigo quer aportar algumas reflexões sobre as imagens espaciais utópicas e seus impactos em quatro etnias guarani falantes da América do Sul. Apresento como cada uma dessas etnias descreve sua 'terra sem males' e como, fundamentada nessa realidade mítico-histórica, a academia criou sua 'terra sem males', sem levar suficientemente em conta o aspecto prático e libertador do mito. Parte-se, para tal, de testemunhos indígenas recolhidos em campo e de estudos histórico-antropológicos relativos às express ões e imagens espaciais mediante as quais essas etnias integraram em seu imaginário suas experiências históricas de redução, aldeamento, invasão, reclus ão em reservas, espalhamento e novas expulsões de suas terras. No artigo propõe-se refletir sobre a 'terra sem mal' sem abrir mão da historicidade das populações indígenas guarani falantes e introduzir a história atual desses povos, sem abrir mão da complexidade que o tema comporta, já que situado no campo da cosmologia. Encerro o artigo indicando que a mobilidade das etnias aqui estudadas deveria ser considerada, por um lado, como expressão do universo simbólico tradicional desses povos e, por outro, como conseqüência de suas experiências de desterro.Downloads
Publicado
2010-01-01
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Dossier
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