Tentativas de estabilização e crescimento por via da dívida externa: a economia brasileira de quatro décadas
DOI:
https://doi.org/10.18441/ibam.4.2004.14.127-142Keywords:
Brasil, Economía, Siglos XX-XXIAbstract
Dada a reestruturação do setor produtivo, que vem ocorrendo desde os anos noventa, a maximização do superávit comercial depende não somente de grandes esforços em aumentar as exportações, mas também, a curto prazo, da repressão das importações. Desta maneira, a estagnação da economia, produzida por uma política monetária muito restritiva, tornou-se necessária para a sobrevivência a esta crise da dívida. As perspectivas futuras, a partir desta ótica que considera o endividamento o estrangulamento central da economia, não podem ser otimistas. O que se pode esperar no máximo é uma continuação do processo de Stop-and-Go. Se a economia brasileira voltar a crescer – o que é muito provável para o ano de 2004 – o superávit externo vai se reduzir; e se esta redução não for acompanhada por um aumento das importações de capital, o crescimento terá que ser imediatamente freado outra vez por uma política monetária restritiva, quer dizer uma outra fase de Stop. E esta impossibilitará novamente que os investimentos internos sejam reativados, condição necessária para poder alcançar um crescimento sustentado, apoiado em um superávit comercial baseado, por sua vez, em competitividade externa, e não na repressão do mercado interno.Downloads
Issue
Section
Dossier
License
Publishing in IBEROAMERICANA is free of any charge for authors.
Authors retain the copyright. They transfer the right of first publication as well as the non-exclusive and unlimited right to reproduce and distribute their contribution in the accepted version to the journal.
All contents of this electronic edition under the Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.